Está encerrado o primeiro ciclo de seminários sobre o Futuro do Trabalho: perspectivas latino-americanas

17/01/2022 09:41

Entre outubro e novembro de 2021, o LASTRO (Laboratório de Sociologia do Trabalho), vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina, e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo (Fazendo Escola), vinculado ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (SINJUSC), realizou o Ciclo de Seminários sobre o Futuro do Trabalho a partir de perspectivas latino-americanas.

Contamos com convidados nacionais e internacionais para debaterem os seguintes assuntos:

A pandemia e o mundo do trabalho: tecnologias e trabalho. 

 

Mediador: Emanuel Dall Bello (Sindjus/RS)

Conferências: Carlos Salas Páez (México) e Laura Cymbalista (Sinpeem)

Para conferir o painel, clique aqui.

 

Assédios, violências, saúde e cuidado.

 

Mediadora: Mateus Graoske (Sinjusc)

Conferências: Pedro Lisdero (Argentina) e Luci Praun (UFAC)

Para conferir o vídeo na íntegra, clique aqui.

 

Liberdade, precariedade e trabalho compulsório.

 

Mediadora: Beatriz Mamigonian (UFSC)

Conferências: Rafael Chambouleyron (UFPA), Gabriela Barretto de Sá (UNEB) e Henrique Espada Lima (UFSC)

Para conferir o seminário, clique aqui.

 

Desigualdades estruturais e mercado de trabalho.

 

Mediador: Lucas Ferreira (UFSC)

Conferências: Bárbara Castro (Unicamp) e Winnie Santos (CEERT)

Para conferir o vídeo, clique aqui.

 

Políticas de austeridade e reformas no mundo do trabalho.

 

Mediador: José Álvaro Cardoso (Dieese)

Conferências: Hugo Barreto (Uruguai) e Magda Biavaschi (Unicamp)

Para assistir a conferência completa, clique aqui. 

 

Trabalhadores e trabalhadoras reinventam formas de organização.

 

Mediador: Neto Puerta (Sinjusc)

Conferências: Márcia de Paula Leite (Unicamp), Nalu Faria (Marcha Mundial de Mulheres) e Victoria Basualdo (Argentina)

Para assistir ao painel, clique aqui.

 

Fique ligado no site para novidades em relação aos próximos eventos relacionados ao tema e a rede de pesquisadores do trabalho.

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Tags: Futuro do trabalhoLaboratório de Sociologia do TrabalhoUFSC

Em evento da UFSC e do Fazendo Escola, conferencistas expõem superexploração virtual do trabalho

25/10/2021 09:32

Devido  à pandemia, o trabalho remoto se mostrou viável e essencial até o momento, apesar de todo o improviso dos servidores, que compulsoriamente invocaram a criatividade para gestar trabalho e vida doméstica. As diversas formas de tecnologia se pulverizaram dentro de casa e os servidores se viram tendo que operar diversos sistemas. Resultado: superexploração, controle, violência moral (cobranças excessivas), sobrecarga, adoecimentos.

E nesse contexto, cabe advertir que as mudanças tecnológicas precisam ser amparadas por  discussões profundas sobre um mundo do trabalho que ampare os trabalhadores, ao invés de jogá-los no abismo produtivista e meritocrático, que geram sintomas e adoecimentos psíquicos.

E foi exatamente este o assunto de abertura do primeiro dia do seminário internacional: “Futuro do Trabalho: Perspectivas Latino- americanas”, que ocorreu ontem (20/10), de forma virtual pelo canal do Fazendo Escola, do SINJUSC e do Lastro, Laboratório de Sociologia do Trabalho da UFSC. O evento é uma parceria da UFSC, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (Sintrajusc) e Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Sindjusrs).

Os conferencistas presentes Carlos Salas Páez e Laura Cymbalista colocaram os envolvidos para pensar como a tecnologia pode auxiliar e facilitar a rotina de trabalho e não aprofundar as rotinas extenuantes dos trabalhadores.

“A tecnologia deve facilitar a nossa rotina, mas não é isso que vemos no dia a dia. É mais trabalho, mais ferramentas para operar, mais coisas sem sentido para fazer, além do controle sobre nossos horários”, pontou Cymbalista, que é professora, coordenadora pedagógica em escola da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e representante do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).

A docente trouxe a luta dos professores da rede municipal de São Paulo: a categoria ficou 117 dias paralisada, reivindicando melhores condições sanitárias para o retorno e a vacinação dos professores, além do aparelhamento e suporte tecnológico para que os professore pudessem lecionar e os alunos acompanhar as aulas.

“As aulas online foram jogadas no nosso colo e tivemos que nos adequar. O trabalho remoto não define nossa jornada. A rotina do professor tem horários diversos e não há limites. Essa é a lógica da exploração, estar sempre disponível. O dia que o whatsapp caiu foi uma alento”, recorda.

Salas, que é doutor em economia e docente na Universidade Nacional Autónoma de México, fez um recorte sobre a importância da luta política, sobretudo, contra o avanço da precarização do trabalho.

“Hoje a luta continua sendo política e não tecnológica. O capital tem conseguido dividir a classe trabalhadora, ao passo que a pandemia acelerou a virtualização do trabalho e tirou o trabalhador da organização da luta. A separação social do trabalho é uma ameaça às formas organizativas dos trabalhadores. É preciso refletir sobre isso e enfrentar. Por isso, a luta política é vital à sobrevivência dos trabalhadores e da população”, reforçou o docente ao fazer referência do enfreamentamento contra os negacionistas e pela manutenção dos direitos trabalhistas na américa latina.

Salas também relacionou a produtividade ao aumento do estresses e das doenças psicológicas relacionados ao estresse.

“O governo federal (México) utilizou muito o trabalho remoto e algumas empresas também. E isso trouxe base para avaliar o impacto do home office e as principais queixam foram sobre o aumento do estresse. A produtividade aumentou, mas o estresse também se intensificou. “Quando você traz o trabalho para dentro de casa não há limite de jornada, gerando muita ansiedade porque você não desliga, está sempre conectado”, criticou.

Para ver a transmissão, clique aqui.

Após o seminário, os presentes continuaram o debate em outra plataforma online, trocando experiências e reforçando a necessidade da manutenção da luta organizada dos trabalhadores.

SEGUNDO ENCONTRO DIA 27/10 – PROGRAMA-SE

O evento segue até 24 de novembro com encontros virtuais todas as quartas-feiras, às 18h30. O segundo encontro ocorre na próxima semana, dia 27/10, às 18h30, de novo pelo canal do Youtube do Lastro e do Fazendo Escola. Para ter direito ao certificado de 12 horas emitido pela UFSC, é necessário fazer inscrição (CLIQUE AQUI) e assistir pelo menos cinco encontros. Para ver a programação completa, CLIQUE AQUI.

Tags: Futuro do trabalhoLaboratório de Sociologia do TrabalholançamentoUFSC

(14/05) Lançamento do ciclo de seminários é notícia no site da UFSC.

14/05/2021 15:56

Conferências sobre uberização e efeitos da pandemia marcam lançamento de seminário sobre futuro do trabalho

Duas conferências on-line na sexta-feira, 21 de maio, a partir das 19h, marcarão o lançamento do ciclo de seminários O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas, iniciativa que reúne organizações sindicais, pesquisadores do trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. O evento terá as conferências de Ludmila Abílio, com o tema Uberização: dominação e resistência dos trabalhadores just in time, e de Federico Vocos, sobre El movimiento obrero ante la pandemia en la Argentina.

O ciclo de seminários está planejado para outubro e novembro de 2021 e terá cinco mesas de debate, que irão abordar aspectos do mundo do trabalho sob os impactos da pandemia de Covid-19. Os painéis terão caráter multidisciplinar e a participação de pesquisadores de vários países da América Latina.

Os eventos são promovidos por duas redes interconectadas: uma delas reúne pesquisadores do trabalho na UFSC e outra, organizações sindicais de Santa Catarina, especialmente algumas que têm unidades de formação. Na Universidade, a formação da rede é liderada pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) e, entre os sindicatos, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo Fazendo Escola, vinculado a entidades de trabalhadores no poder judiciário. A articulação entre as redes é iniciativa da direção do CFH.

“A universidade pública deve se reaproximar da sociedade e, em especial, dos setores mais necessitados”, afirma a diretora do Centro, professora Miriam Furtado Hartung. “Trabalhadores e trabalhadoras foram duramente afetados pela ineficácia no combate à pandemia no Brasil e por todo lado medidas do setor público ou de empresas privadas tentam minar ainda mais renda e direitos”, completa a diretora.

Ludmilla Costhek Abílio é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e investiga as atuais relações entre exploração do trabalho, financeirização e acumulação capitalista, entre outros tópicos. Atualmente é pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), onde realiza seu segundo pós-doutorado, sobre Desenvolvimento, políticas de austeridade e transformações do trabalho no Brasil. Ela pesquisa a uberização do trabalho, com enfoque no cotidiano dos motofretistas na cidade de São Paulo.

Federico Vocos integra o Observatorio de Condiciones de Trabajo do Centro de Innovación de los Trabajadores (Citra), vinculado ao Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina. É Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de La Plata e co-autor de Metrodelegados. Subte: de la Privatización al Traspaso (2012) e Teletrabajo. ¿Otro canto de sirenas? El movimiento obrero frente a una nueva estrategia empresaria (2004). Pesquisa os ambientes de trabalho e formação sindical.

As conferências serão transmitidas pelos canais no YouTube do Fazendo Escola e do Lastro. O evento é gratuito e admite inscrições prévias, de pessoas interessadas em certificado de participação.

Fonte: https://noticias.ufsc.br/2021/05/conferencias-sobre-uberizacao-e-efeitos-da-pandemia-marcam-lancamento-de-seminario-sobre-futuro-do-trabalho/

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