Cartilha de formação de trabalhadores/as “O Futuro do Trabalho na América Latina”

17/05/2023 10:55

A cartilha de formação de trabalhadores/as “O Futuro do Trabalho na América Latina” é um instrumento pensado para apoiar a formação sindical de trabalhadoras e trabalhadores de todo o Brasil.

Sua distribuição é gratuita e seu conteúdo tem como foco alguns dos principais desafios do mundo do trabalho que surgiram nas últimas décadas. Este é um período de resistência da população a vários fenômenos que produzem a precarização das condições de trabalho e de vida: o neoliberalismo, a persistência de desigualdades, a emergência de novas formas de violência. São fenômenos que atravessam nossa vida todos os dias, limitam nossas escolhas e podem até nos adoecer. Entretanto, nem sempre encontramos tempo e oportunidade para pensar sobre eles, para identificar e dar nome às crises que nos atingem.

Através do acesso ao conhecimento e à pesquisa, esta cartilha visa contribuir para que organizações sindicais e não sindicais avancem na luta por direitos, renda, emprego e outros modos dignos de ganhar a vida. É um material que se soma à luta por um mundo melhor para nós, trabalhadores e trabalhadoras.

Acesse a cartilha gratuitamente através do link: https://editoriaemdebate.ufsc.br/catalogo/wp-content/uploads/CartilhaofuturodotrabalhonaAm%C3%A9ricaLatina.pdf

Livro “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas”

17/05/2023 10:40

Adotando as temáticas abordadas no ciclo de seminários, o livro “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas” objetiva promover a articulação do conhecimento científico com a sociedade por meio da divulgação de pesquisas, experiências e debates sobre o trabalho na América Latina.

O livro é composto por sete textos de autores/as latino-americanos/as.  No primeiro capítulo, “Informalidad y desigualdad en América Latina”, Laís Abramo apresenta as condições de informalidade e desigualdade na América Latina. Em seguida, a igualdade racial e de gênero, essencial para compreender o mundo do trabalho contemporâneo, é discutida por Winnie Santos no capítulo intitulado “Mulheres negras (r)existem! Os desafios enfrentados por mulheres negras no mundo do trabalho”.

No terceiro capítulo, “O capitalismo globalizado e o sistema de proteção ao trabalho: um olhar sobre o trabalho sob plataformas digitais”, Magda Barros Biavaschi aborda as mudanças no sistema de proteção ao trabalho diante de um capitalismo globalizado, focando sua análise nas plataformas digitais. Desregulação laboral é também o tema que Hugo Barretto Ghione discute no capítulo seguinte: “El futuro del trabajo y desregulación laboral: el caso del teletrabajo en el Uruguay”.

“Reforma trabalhista e pandemia: um duplo golpe sobre o movimento sindical brasileiro” é o que Márcia de Paula Leite apresenta no quinto capítulo. Victoria Basualdo, em seguida, reflete sobre as transformações da classe trabalhadora, das relações laborais e das formas de organização coletiva, no capítulo “El futuro del trabajo y las formas de organización de los/ as trabajadores/as en Argentina y América Latina a comienzos de la tercera década del siglo XXI”.

Escrito por Hélio Lentz Puerta Neto e Carolina Rodrigues Costa, dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (SINJUSC), o último capítulo, “A ampliação da atuação sindical como forma de enfrentar as novas dinâmicas do trabalho não presencial no judiciário catarinense”, retoma alguns temas e reflete, a partir do contexto local, sobre a importância da atuação coletiva dos trabalhadores.

Os textos estimulam a reflexão sobre os obstáculos impostos ao futuro do trabalho e sugerem alternativas para enfrentar os desafios. A pretensão é disseminar, entre trabalhadores/as, organizações sindicais, pesquisadores/as e demais interessados/as, experiências e conhecimentos sobre o mundo do trabalho diante do contexto latino-americano.

O livro está disponível gratuitamente no link: https://editoriaemdebate.ufsc.br/catalogo/wp-content/uploads/FUTURO-DO-TRABALHO-COMPLETO-DIGITAL.pdf

Está encerrado o primeiro ciclo de seminários sobre o Futuro do Trabalho: perspectivas latino-americanas

17/01/2022 09:41

Entre outubro e novembro de 2021, o LASTRO (Laboratório de Sociologia do Trabalho), vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina, e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo (Fazendo Escola), vinculado ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (SINJUSC), realizou o Ciclo de Seminários sobre o Futuro do Trabalho a partir de perspectivas latino-americanas.

Contamos com convidados nacionais e internacionais para debaterem os seguintes assuntos:

A pandemia e o mundo do trabalho: tecnologias e trabalho. 

 

Mediador: Emanuel Dall Bello (Sindjus/RS)

Conferências: Carlos Salas Páez (México) e Laura Cymbalista (Sinpeem)

Para conferir o painel, clique aqui.

 

Assédios, violências, saúde e cuidado.

 

Mediadora: Mateus Graoske (Sinjusc)

Conferências: Pedro Lisdero (Argentina) e Luci Praun (UFAC)

Para conferir o vídeo na íntegra, clique aqui.

 

Liberdade, precariedade e trabalho compulsório.

 

Mediadora: Beatriz Mamigonian (UFSC)

Conferências: Rafael Chambouleyron (UFPA), Gabriela Barretto de Sá (UNEB) e Henrique Espada Lima (UFSC)

Para conferir o seminário, clique aqui.

 

Desigualdades estruturais e mercado de trabalho.

 

Mediador: Lucas Ferreira (UFSC)

Conferências: Bárbara Castro (Unicamp) e Winnie Santos (CEERT)

Para conferir o vídeo, clique aqui.

 

Políticas de austeridade e reformas no mundo do trabalho.

 

Mediador: José Álvaro Cardoso (Dieese)

Conferências: Hugo Barreto (Uruguai) e Magda Biavaschi (Unicamp)

Para assistir a conferência completa, clique aqui. 

 

Trabalhadores e trabalhadoras reinventam formas de organização.

 

Mediador: Neto Puerta (Sinjusc)

Conferências: Márcia de Paula Leite (Unicamp), Nalu Faria (Marcha Mundial de Mulheres) e Victoria Basualdo (Argentina)

Para assistir ao painel, clique aqui.

 

Fique ligado no site para novidades em relação aos próximos eventos relacionados ao tema e a rede de pesquisadores do trabalho.

Nos acompanhe também pelas redes sociais.

Tags: Futuro do trabalhoLaboratório de Sociologia do TrabalhoUFSC

Em evento da UFSC e do Fazendo Escola, conferencistas expõem superexploração virtual do trabalho

25/10/2021 09:32

Devido  à pandemia, o trabalho remoto se mostrou viável e essencial até o momento, apesar de todo o improviso dos servidores, que compulsoriamente invocaram a criatividade para gestar trabalho e vida doméstica. As diversas formas de tecnologia se pulverizaram dentro de casa e os servidores se viram tendo que operar diversos sistemas. Resultado: superexploração, controle, violência moral (cobranças excessivas), sobrecarga, adoecimentos.

E nesse contexto, cabe advertir que as mudanças tecnológicas precisam ser amparadas por  discussões profundas sobre um mundo do trabalho que ampare os trabalhadores, ao invés de jogá-los no abismo produtivista e meritocrático, que geram sintomas e adoecimentos psíquicos.

E foi exatamente este o assunto de abertura do primeiro dia do seminário internacional: “Futuro do Trabalho: Perspectivas Latino- americanas”, que ocorreu ontem (20/10), de forma virtual pelo canal do Fazendo Escola, do SINJUSC e do Lastro, Laboratório de Sociologia do Trabalho da UFSC. O evento é uma parceria da UFSC, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (Sintrajusc) e Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Sindjusrs).

Os conferencistas presentes Carlos Salas Páez e Laura Cymbalista colocaram os envolvidos para pensar como a tecnologia pode auxiliar e facilitar a rotina de trabalho e não aprofundar as rotinas extenuantes dos trabalhadores.

“A tecnologia deve facilitar a nossa rotina, mas não é isso que vemos no dia a dia. É mais trabalho, mais ferramentas para operar, mais coisas sem sentido para fazer, além do controle sobre nossos horários”, pontou Cymbalista, que é professora, coordenadora pedagógica em escola da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e representante do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem).

A docente trouxe a luta dos professores da rede municipal de São Paulo: a categoria ficou 117 dias paralisada, reivindicando melhores condições sanitárias para o retorno e a vacinação dos professores, além do aparelhamento e suporte tecnológico para que os professore pudessem lecionar e os alunos acompanhar as aulas.

“As aulas online foram jogadas no nosso colo e tivemos que nos adequar. O trabalho remoto não define nossa jornada. A rotina do professor tem horários diversos e não há limites. Essa é a lógica da exploração, estar sempre disponível. O dia que o whatsapp caiu foi uma alento”, recorda.

Salas, que é doutor em economia e docente na Universidade Nacional Autónoma de México, fez um recorte sobre a importância da luta política, sobretudo, contra o avanço da precarização do trabalho.

“Hoje a luta continua sendo política e não tecnológica. O capital tem conseguido dividir a classe trabalhadora, ao passo que a pandemia acelerou a virtualização do trabalho e tirou o trabalhador da organização da luta. A separação social do trabalho é uma ameaça às formas organizativas dos trabalhadores. É preciso refletir sobre isso e enfrentar. Por isso, a luta política é vital à sobrevivência dos trabalhadores e da população”, reforçou o docente ao fazer referência do enfreamentamento contra os negacionistas e pela manutenção dos direitos trabalhistas na américa latina.

Salas também relacionou a produtividade ao aumento do estresses e das doenças psicológicas relacionados ao estresse.

“O governo federal (México) utilizou muito o trabalho remoto e algumas empresas também. E isso trouxe base para avaliar o impacto do home office e as principais queixam foram sobre o aumento do estresse. A produtividade aumentou, mas o estresse também se intensificou. “Quando você traz o trabalho para dentro de casa não há limite de jornada, gerando muita ansiedade porque você não desliga, está sempre conectado”, criticou.

Para ver a transmissão, clique aqui.

Após o seminário, os presentes continuaram o debate em outra plataforma online, trocando experiências e reforçando a necessidade da manutenção da luta organizada dos trabalhadores.

SEGUNDO ENCONTRO DIA 27/10 – PROGRAMA-SE

O evento segue até 24 de novembro com encontros virtuais todas as quartas-feiras, às 18h30. O segundo encontro ocorre na próxima semana, dia 27/10, às 18h30, de novo pelo canal do Youtube do Lastro e do Fazendo Escola. Para ter direito ao certificado de 12 horas emitido pela UFSC, é necessário fazer inscrição (CLIQUE AQUI) e assistir pelo menos cinco encontros. Para ver a programação completa, CLIQUE AQUI.

Tags: Futuro do trabalhoLaboratório de Sociologia do TrabalholançamentoUFSC

Abertas as inscrições para o ciclo “Futuro do Trabalho: Perspectivas latino-americanas”

04/10/2021 09:02

Estão abertas as inscrições para o ciclo de seminários “Futuro do Trabalho: Perspectivas latino-americanas”. O ciclo será composto por seis seminários online que serão realizados semanalmente, a partir de 20 de outubro para discutir temas atuais dos mundos do trabalho com especialistas renomados do Brasil, Argentina, Uruguai e México. A iniciativa é da Universidade Federal de Santa Catarina, em conjunto com organizações do movimento sindical. O curso é gratuito e dá direito a certificado de 12h a quem participar de 75% das discussões. Inscrições podem ser feitas aqui.

Os temas dos seminários focam tecnologia e trabalho no pós-pandemia (dia 20), assédio, violências, saúde e cuidado (dia 27), liberdade, precariedade e trabalho compulsório (3 de novembro), desigualdades estruturais e mercado de trabalho (dia 10), políticas de austeridade e reformas no mundo do trabalho (dia 17) e a reinvenção de formas de organização da classe trabalhadora (dia 24). O grupo de conferencistas é formado por Carlos Páez (México), Pedro Lisdero (Argentina), Hugo Barreto (Uruguai) e renomados nomes da pesquisa no Brasil, como Márcia de Paula Leite, Beatriz Mamigonian e Laís Abramo

Os seminários serão transmitidos pelos canais do YouTube “Fazendo Escola” e do Laboratório de Sociologia do Trabalho/UFSC, com acesso público por tempo indeterminado. O ciclo articula a rede de pesquisadores do trabalho no CFH com uma rede de organizações sindicais. É realizado pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO), da Ufsc, e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo (Fazendo Escola), vinculado ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (SINJUSC). Conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (SINTRAJUSC) e do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (SINDJUSRS).

(28/8) Jornada Científica sobre Trabalho consolidou e visa ampliar Rede de Pesquisadores sobre o tema na UFSC.

19/09/2021 19:43

No último dia 27/08 foi realizada a 1a Jornada Científica sobre Trabalho da UFSC. O evento reuniu e colocou em diálogo as produções científicas de 11 professores/as- pesquisadores/as ligados ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC, por meio do debate entre seus resultados e perspectivas de investigação. Estabeleceu, também, a consolidação inicial de uma Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras sobre Trabalho da UFSC, que já “nasce” de forma articulada a uma Rede de Sindicatos da região e que firmou, na ocasião, a intenção de se ampliar, abarcando outras áreas que investigam o trabalho na UFSC além das ciências humanas. Participaram estudantes e professores/as da UFSC, sindicalistas e demais interessados/as.

Em sua abertura, o evento contou com falas das profs. Thaís Lapa e Glaucia Fraccaro, respectivamente dos departamentos de Sociologia e Ciência Política e de História da UFSC, bem como integrantes da comissão organizadora do evento; de Jacques Mick, vice-diretor do CFH e um dos idealizadores da Rede; e de Elça de Andrade Farias, do Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo – Fazendo Escola. Salientou-se a importância da conexão que o evento estabelecia, tanto entre as diferentes perspectivas disciplinares dedicadas a compreender o mundo do trabalho, como entre universidade e sociedade.

Nas três sessões que compuseram a Jornada Científica, foi possível ter contato com as agendas de pesquisa que vem sendo conduzidas por especialistas no tema trabalho, que integravam os departamentos de Antropologia, História, Sociologia e Ciência Política, Psicologia e Jornalismo. Durante os debates da Jornada, os pontos de conexão das pesquisas foram se estabelecendo, ao mesmo tempo em que problemas estruturais que afetam o trabalho no Brasil ao longo de nosso processo histórico e suas configurações no presente se evidenciavam.

A primeira sessão, coordenada por Thaís Lapa (LASTRO/SPO), contou com as apresentações de Beatriz Mamigonian, pesquisadora do Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura e professora do Departamento de História (LABHSTC/HST-CFH), que discorreu sobre o tema “Trabalho compulsório: a gestão estatal da exploração dos trabalhadores e a construção dos sentidos de trabalho livre”, seguida de Jacques Mick, do Laboratório de Sociologia do Trabalho e Departamento de Sociologia e Ciência Política (LASTRO/SPO-CFH), cuja fala intitulava-se “Nas dobras da precariedade: Informalidade e discriminação racial e de gênero no trabalho por conta própria no Brasil”. A sessão foi fechada por Valéria de Bettio Mattos, do Laboratório de Informação e Orientação Profissional e Departamento de Psicologia (LIOP/PSI-CFH), que falou sobre “Trajetórias profissionais, identidade e saúde mental: entre a formação e a inserção no mercado de trabalho”.

Já a segunda sessão, coordenada pelo prof. Adriano Duarte (HST), um dos organizadores do evento, teve as apresentações de Glaucia Cristina Candian Fraccaro (HST-CFH), que tratou da “Legislação trabalhista para mulheres”, Elka Lima Hostensky (PSI/CFH), cujo tema abordado foi “Organização do trabalho, experiência laboral e riscos psicossociais em contexto de precarização”,  Thaís de Souza Lapa (LASTRO/SPO-CFH), que discorreu sobre “As condições de trabalho e as relações de gênero contemporâneas no contexto do trabalho fabril” e Henrique Espada (HST-CFH), que abordou “As armadilhas da liberdade: a invenção da  ideia de “trabalho livre” no Brasil escravista”.

Por fim, a terceira sessão, mediada por Glaucia Fraccaro (HST) contou com as apresentações de Viviane Vedana, pesquisadora do CANOA/GESTO e professora do Departamento de Antropologia (ANT-CFH), sobre “O setor do comércio sob a ótica da antropologia da técnica”; de Samuel Pantoja Lima, pesquisador do LASTRO e professor do Departamento de Jornalismo, que discorreu sobre “O perfil profissional e sociopolítico dos jornalistas brasileiros na atualidade” e “O perfil das/dos docentes da UFSC”; de Suzana da Rosa Tolfo, do Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT/PSI), tratando de sua trajetória de investigações sobre “Os sentidos e significados sociais do trabalho: entre prazer e sofrimento”, sendo finalizada por Adriano Duarte (NEHLIS/HST-CFH) cuja fala tratou do tema “A história da construção das lutas por direitos nas relações entre trabalhadores e a cidade”.

Os debates que se seguiram após cada mesa tiveram, ao final das sessões, um desfecho que demarcou o propósito de consolidação e ampliação da Rede de Pesquisadores sobre Trabalho na UFSC.

A perspectiva e expectativa é a de que os debates estabelecidos no evento tenham continuidade no ciclo de seis seminários “Futuro do trabalho: perspectivas latino americanas” que será realizado entre outubro e novembro de 2021.

A Rede de Pesquisadores/as Sobre Trabalho da UFSC deve se reunir novamente antes deste evento, entre setembro e início de outubro. Caso deseje se integrar a a Rede e receber informações sobre esta reunião, escreva para lastro@contato.ufsc.br.

O vídeo com a íntegra da Jornada Científica Sobre Trabalho está disponível na página do Lastro no youtube.

(14/05) Lançamento do ciclo de seminários é notícia no site da UFSC.

14/05/2021 15:56

Conferências sobre uberização e efeitos da pandemia marcam lançamento de seminário sobre futuro do trabalho

Duas conferências on-line na sexta-feira, 21 de maio, a partir das 19h, marcarão o lançamento do ciclo de seminários O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas, iniciativa que reúne organizações sindicais, pesquisadores do trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. O evento terá as conferências de Ludmila Abílio, com o tema Uberização: dominação e resistência dos trabalhadores just in time, e de Federico Vocos, sobre El movimiento obrero ante la pandemia en la Argentina.

O ciclo de seminários está planejado para outubro e novembro de 2021 e terá cinco mesas de debate, que irão abordar aspectos do mundo do trabalho sob os impactos da pandemia de Covid-19. Os painéis terão caráter multidisciplinar e a participação de pesquisadores de vários países da América Latina.

Os eventos são promovidos por duas redes interconectadas: uma delas reúne pesquisadores do trabalho na UFSC e outra, organizações sindicais de Santa Catarina, especialmente algumas que têm unidades de formação. Na Universidade, a formação da rede é liderada pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) e, entre os sindicatos, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo Fazendo Escola, vinculado a entidades de trabalhadores no poder judiciário. A articulação entre as redes é iniciativa da direção do CFH.

“A universidade pública deve se reaproximar da sociedade e, em especial, dos setores mais necessitados”, afirma a diretora do Centro, professora Miriam Furtado Hartung. “Trabalhadores e trabalhadoras foram duramente afetados pela ineficácia no combate à pandemia no Brasil e por todo lado medidas do setor público ou de empresas privadas tentam minar ainda mais renda e direitos”, completa a diretora.

Ludmilla Costhek Abílio é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e investiga as atuais relações entre exploração do trabalho, financeirização e acumulação capitalista, entre outros tópicos. Atualmente é pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), onde realiza seu segundo pós-doutorado, sobre Desenvolvimento, políticas de austeridade e transformações do trabalho no Brasil. Ela pesquisa a uberização do trabalho, com enfoque no cotidiano dos motofretistas na cidade de São Paulo.

Federico Vocos integra o Observatorio de Condiciones de Trabajo do Centro de Innovación de los Trabajadores (Citra), vinculado ao Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina. É Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Nacional de La Plata e co-autor de Metrodelegados. Subte: de la Privatización al Traspaso (2012) e Teletrabajo. ¿Otro canto de sirenas? El movimiento obrero frente a una nueva estrategia empresaria (2004). Pesquisa os ambientes de trabalho e formação sindical.

As conferências serão transmitidas pelos canais no YouTube do Fazendo Escola e do Lastro. O evento é gratuito e admite inscrições prévias, de pessoas interessadas em certificado de participação.

Fonte: https://noticias.ufsc.br/2021/05/conferencias-sobre-uberizacao-e-efeitos-da-pandemia-marcam-lancamento-de-seminario-sobre-futuro-do-trabalho/

Tags: Conferência de LançamentoNotíciaspandemiauberizaçãoUFSC